domingo, 13 de novembro de 2011

Aborreces-me.



As pessoas parvas estão para o meu blog, como eu estou para o Sol. E agradeço desde já por existirem (tanto pessoas, como Sol). Sempre falei sobre pessoas com as quais me cruzo, muitas delas, forçosamente. Ou porque trabalham num café onde eu vou, ou porque são funcionários públicos, ou seja por que razão for.
Nunca escrevi - ou pelo menos não me lembro (à excepção da minha mãe)- de escrever sobre alguém próximo. Sobre aquelas pessoas que consideramos amigos...nunca escrevi ou pelo menos nunca dei muita importância.
Isto é tudo muito giro - não haja dúvidas- escrever sobre situações rídiculas que acontecem diariamente, mas quando estão envolvidas pessoas com as quais não interagimos forçosamente, e sim espontâneamente-porque gostamos delas- a coisa torna-se aborrecida. Sim, torna-se. Até porque o rídiculo em questão é de outro nível.
Poderia divagar imenso - não, não podia porque detesto e não sei divagar - sobre isto e poderia inclusivé pôr nomes. Mas eu não sou cabrão nem filho da puta. Além disso, gosto de pessoas que falham enquanto interpretam o seu papel de amigos. Gosto mesmo. E gosto ainda mais, quando chegam pelo seu próprio pé (ou mini-cérebro) a conclusões: "Oops, secalhar falhei; secalhar devia ter falado directamente com ele; secalhar não devia ter especulado; secalhar precipitei-me; secalhar pensei erradamente ou talvez nem tenha pensado". Sim, de todas estas hipóteses, a última é a que melhor se enquadra. Secalhar não pensas. Secalhar nunca pensaste. Secalhar a única coisa nessa cabeça é cabelo-sim, lá dentro.

Às vezes tenho pena, mas desta vez não. Aborreces-me.

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