quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Escapadinha na Costa Alentejana: O que fazer este fim de semana?

E estamos a chegar aos nossos tão desejados fins de semana prolongados. Se há coisa que gostamos é isso. Isso e comer, mas já lá vamos. O que se vai seguir são sugestões para quem está a pensar passar o próximo fim de semana na Costa Alentejana. Não é Verão, mas para descansar não há melhor nesta altura do ano
Quem diz este diz o próximo, mas prolongado é só este, eu sei. Antes de se fazerem à estrada, nada melhor do reservarem antes o vosso alojamento, não pensem que cá chegam e que nada está lotado, porque pode acontecer, principalmente se estivermos a falar dos alojamentos mais giros:

A Cabeça da Cabra- Casa de Campo:







e O Lugar:




 O primeiro fica afastado da aldeia- mesmo no campo, o segundo super central. Mais informações e detalhes, sigam este link. Há, claramente, para todos os bolsos e se hostel for o que pretendem, têm em Porto Côvo e em Sines uns bem catitas também. Não acreditam? Vejam lá aqui.

Para quem não sabe, Porto Côvo fica lindamente situado entre Sines e Vila Nova de Milfontes, ou seja, quando já tiverem visto a aldeia toda (2 horas dá perfeitamente) podem seguir para as cidades mais próximas que ficam a cerca de 15 minutos.

Sugiro então que na sexta-feira façam isso mesmo: percorram a aldeia a pé. Há uma rua principal onde estão 80% dos restaurantes e chegando ao fim desta podem, depois de bem alimentados, virar para a esquerda e caminhar até à ilha do Pessegueiro por um trilho definido (35 min aproximadamente) ou para a direita e andar o mesmo tempo até á famosa praia da SamOqueira (sempre sem U). Se fizerem isto, praticamente já viram o que há para ver no centro da aldeia e arredores. Tanto para um lado como para outro, passam por imensas praias e as paisagens são de bradar aos céus.

Posto isto, para Comer sugiro:

Pequenos-almoços/ Lanches/ Petiscos:
(também há saudáveis):

Há apenas um sítio em Porto Côvo que vale realmente a pena para tomar o pequeno-almoço com todos os factores positivos: vista-mar, afastado q.b do centro, oferta acessível e diferente e simpatia no atendimento: Oceanus. Um quiosque em frente à Praia Grande (a da entrada Norte). Se entrarem em PC por aí, fica do lado esquerdo.
Melhores pequenos-almoços de sempre, melhores lanches, melhores petiscos. Desde bacon com ovos, feijão e torradas a camarões (para lanche), iogurtes com fruta, gelados. Tudo delicioso e acessível. Há pessoas que acham que eu não sou ninguém para dizer o que é barato ou caro, mas eu digo porque- embora de Humanidades- sei fazer contas. 


(se carregarem no link do nome vai dar à página de facebook. se tiver mau tempo muito possivelmente não está aberto)


Se um dos dias seguirem para Sines, vão ao Bom Remédio, também tem umas coisas bem boas. Caso mudem de rumo e sigam para Milfontes, nada melhor que a Mabi (um clássico) e a Portuguesa ou o 18 e piques.

Para Almoços/ Jantares, já com certeza (quem já cá veio) visitaram o Zé Inácio em Porto Côvo no fim da rua principal, do lado direito. Continua a ser dos únicos que se mantém fiel na qualidade da comida e do serviço, sem exagerar em preços. O polvo à lagareiro, os grelhados em geral, as açordas, os secretos, os bacalhaus...tudo delicioso! Se alguém for vegetariano, eles arranjam solução. 
E é Inverno e está aberto. Fecha à quarta-feira.



A Tasca do Xico, também nesta aldeia, costuma ser uma das minhas sugestões, mas penso que demento se encontra encerrado. Sendo assim, peguem no carro e sigam no sentido de Sines. Antes de chegarem a São Torpes têm o sítio com os melhores arrozes da zona: O Pedra da Casca. Marisco, sapateira, amêijoa...Tudo confiável e fresco, com a grande vantagem de estarem em frente à Praia da Vieirinha, longe da rua (quase) movimentada da aldeia. Serviço bom, comida óptima. Agora está muito frio para apreciar o pôr do sol, mas se beberem uma vinhaça enquanto o admiram na esplanada (que tem mantas para os joelhos por causa do vosso reumático), vão gostar.

                                  

Em Sines conseguem indubitavelmente jantar por menos de 10€ no Restaurante O Cantinho. Um sítio central, com gerência nova desde o primeiro trimestre deste ano, acolhedor e garantidamente dos mais asseados. Durante a semana tem prato do dia, ao fim de semana optam pela restante ementa.



Nesta altura do ano podem consultar a ementa na página do facebook que é actualizada diariamente. Paragem obrigatória pela qualidade da comida e da esplanada que está sempre ao sol, que nesta fase é muiiiiiiiito importante e aproveitar todo o que aparece.



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E o que fazer nesta zona sem ser ir à praia?


  • Podem fazer caminhadas ao longo da costa, como disse no início do texto: caminhada até à Ilha do Pessegueiro, onde apreciarão as praias e à chegada o Forte da Ilha. Se forem muito corajosos podem seguir até Milfontes pela Rota Vicentina. são umas 4 horas a andar, coisa pouca.

  • Podem fazer outra caminhada, noutro sentido, ou uma corridinha desde o centro da aldeia até à Praia da Samoqueira ou à do Burrinho.

  • Podem fotografar, fotografar, fotografar.

  • Podem ser ainda mais radicais e arriscar numas aulas de surf. Há três escolas por aqui: Costa Azul, ESLA e PIG Dog Surf Camp


Excepcionalmente este fim de semana há uma Feira de Natal- Natal no Largo, onde há um pouco de tudo. E se tiverem crianças, melhor ainda porque há imensas actividades desde showcookings a fotografias com o Pai Natal. Para os mais adultos e não só há mercadinho de Natal, comes e bebes, concertos e afins! Deixo-vos aqui o cartaz e o link para o programa completo.



Se quiserem ignorar estas sugestões podem fazê-lo, mas se eu fosse a vocês aproveitava esta papinha toda feita! Qualquer coisa mandem e-mail!

Um beijo e um queijo*

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Receitas para Totós: Ovos na Caneca.









Ingredientes (por caneca/pessoa)

↪ 2 ovos
↪1 colher de sopa de mozarela ralada
↪ sal e pimenta a gosto

↪ Neste caso pus uns cogumelos que comprei um promoção no Aldi, espinafres do Lidl e um resto de bacon aos cubos.


Preparação

Numa caneca  (lá está...) partir os dois ovos e vertê-los para dentro da mesma, juntar o queijo, pimenta e sal e com um garfo bater tudo. Numa outra opção podem meter o que quiserem lá dentro (salvo seja), tipo mais queijo, fiambre ou outros ingredientes que não precisem ser cozinhados.


Aspecto pre-entrada no micro-ondas.


Neste caso, passei os outros três ingredientes pela frigideira com um bocadinho de azeite e alho em pó. Pus tudo dentro da caneca e micro ondas com ela. 1 minuto, retirem, mexam os ingredientes do fundo e mais um minuto lá dentro. e está feito.

Rapidissimo e óptimo para acompanhar uma sopinha ou uma refeição mais leve. Eu pelo menos estou fã. 2 minutos, hein?



Bons cozinhanços e deem notícias!

Nunes.

Obs: quem não leu o que aqui foi escrito sobre Porto Côvo?


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Porto Côvo: A Pérola Que Se Está a Enterrar.

O Rui Veloso deu o mote sem cá nunca ter vindo. Quer dizer, o Carlos Tê deu, foi ele que escreveu a canção que catapultou o lugar de Porto Côvo para o estrelato do turismo nacional. Estávamos nos anos oitenta e os poucos que cá faziam férias- maioritariamente selvagem (mas educado...vejam lá as ironias da vida) deixaram de estar sozinhos.

Uma aldeia ainda pouco explorada a todos os níveis fez as delicias de quem cá vinha e isso aumentou de ano para ano. O comércio cresceu, a aldeia desenvolveu, foram sendo criadas infraestruturas aos poucos.

Havia toda uma panóplia de razões para que tal acontecesse: localização óptima- a 1h30 de Lisboa e a meio caminho do Algarve; praias e mais praias que além de acessíveis a pé são de uma beleza de tirar o fôlego, arquitectura pombalina num largo central que cativa instantaneamente os transeuntes, gastronomia baseada em peixe fresco (acabado de apanhar em muitos casos nessa altura) e gentes ainda pouco viradas para esse boom turístico que estava a acontecer, que de alguma forma transmitiam alguma autenticidade da terra.

Factores estes que juntando a não ser "mais um Algarve" e claramente mais barato, o tornaram um place-to-be.


Praia da Ilha

Largo Marquês de Pombal



                                 
Hoje em dia, Porto Côvo é dos raros casos de aldeias que toda a gente conhece. Tooooda a gente. Quem conhece ou já passou férias, ou já foi na infância ou já "foi muito feliz". Quem não conhece quer imenso visitar a aldeia ou conhece uma prima namorada de alguém que conhece.

Durou cerca de 20 anos este encher de bolsos e ainda bem que existiu. E ainda bem que alguém encheu porque só assim se pode melhorar. Mas há cerca de 12 anos que o turismo tem vindo a decair.

Será pela restauração se distinguir por dois ou três sítios- se tanto? Será pelo preço estupidamente caro aplicado a restauração, a alojamentos, a supermercados? Será porque não tem um bar para beber um copo à noite? Será por não ter um sitio para sair à noite? Pela falta de actividades em alternativa a uma ida à praia? A nova arquitectura da emergente construção que em nada tem a ver com o Alentejo? Pela estadia permissiva de auto-caravanas em qualquer sítio?

Pode ser tudo, podem ser só algumas coisas. Não são todos os sítios estupidamente caros, mas tem que se vasculhar bem para encontrar. Não há ser com certeza pela falta de praias que elas continuam cá.
Mas se antes para o comércio local - que continua a ser única e exclusivamente sazonal- o lucro poderia ser resumido a 3 meses, hoje nem dia isso não acontece- tudo bem espremido dá um bom mês e meio.

Mas a quem de direito, lembrem-se: é raro o dia em que os Parques de Campismo lotem como acontecia, que as ruas tenham a quantidade de pessoas que tinham antes e que as estadias passem de 2/3 dias ao invês de semanas, quinzenas e meses como antes.

O que se pode fazer para melhorar isso? Algumas coisas. Tipo o quê? Não vou enumerar porque eu estou "sempre armado em esperto" e com a "mania que sou Doutor porque vivi em Lisboa". Um bom conselho é: organizem-se, principalmente a restauração e os seus dias de folga no mesmo dia.

Lembrem-se que Porto Côvo já foi movimentado na altura do Carnaval, Páscoa, Verão (a começar em Maio) e Passagem de Ano. Hoje em dia é movimentado quando? Aos fins de semana em Agosto.

Contudo, ainda há quem invista tanto em alojamento como podem ver AQUI (carreguem) e aqui também; alguns sítios onde podem comer bem como aqui . E outros que vou publicar brevemente: Zé Inácio, por exemplo.

Vamos lá todos desenterrar esta pérola que claramente já teve na ostra.

De nada,

Nunes.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Fazer Sopa Para Totós.

Não é que quem vá comer não seja totó, mas o que o título quer dizer - porque há sempre alguém que não percebe - é que quem vai cozinhar pode ser um.

Isto porque há toneladas de gente que diz: eu sei lá fazer sopa!!

Meus queridos, se souberem descascar legumes, então é a única coisa que precisam para conseguir fazer uma sopa. Ou então uma bimby, mas ainda assim precisam de saber descascar.
Fugindo desses robôs de cozinha...Deem uso a essas manápulas e descasquem qualquer coisa como isto:

(O púcaro foi para enfeitar)
Nunca faço uma receita igual a outra, portanto quantidades certas é uma coisa que não me assiste. Tudo a olhómetro.


  • 5 ou 6 cenouras
  • 2 ou 3 batatas
  • 2 cebolas
  • 1 cabeça de alhos (ou um pouco menos)
  • brócolos
  • (e basicamente os vegetais que tiverem em casa)
  • água, sal e azeite. 


 ➭ Descasquem tudo e cortem às rodelas, em quatro, o que quiserem...convém é não ficar grandes bocados a boiar porque senão depois a varinha não os desfaz.

➪ Juntem água até os legumes estarem submersos, no entanto, um dedo de altura acima dos verdes e está bom. Podem até carregar em cima das leguminosas enquanto põem a água para se guiarem melhor, uma vez que - e pasmem-se - os legumes boiam se puserem água no tacho!
Verdade!

➪ Em seguida, azeite e sal. Sim, o que está na foto a seguir foi a quantidade inicial que pus, mas não foi suficiente. Ponham mais um bocadinho. Azeite, duas colheres de sopa!

➪ Ponham ao lume. Quando começar a ferver deixem mais uns 15 minutos.


Sim, é sal grosso. A coca está cara.

➪ Triturem com a varinha mágica e ...SURPRESA, está uma sopa feita.


Dicas possivelmente úteis:

⚫ Eu vejo pelas cenouras se os restantes estão cozidos, porque lá está, é o que demora mais a cozer. Se as cenouras estão, os outros legumes estão de certeza.

⚫ Se quiserem que a sopa fique mais consistente ponham mais batata.

⚫ Se quiserem que a sopa fique mais verde, ponham mais legumes verdes (esta sei que foi grande ajuda)

⬤ Vão descascando tudo directamente para o tacho porque normalmente a altura de legumes que está é o mesmo nível de sopa que fica, portanto ficam logo com a ideia se é uma tachada para a semana inteira se para dois dias.

Bons cozinhanços e não se queimem!
Para acompanhar a sopa podem sempre ver esta e esta receita ;)

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Receita da Mãe: Tagliatelli com camarão e molho de tomate

Como o feedback das receitas anteriores até foi mais positivo do que esperava, optei por ir ter com quem realmente percebe da coisa: A minha Mãe.

Não temos aquelas relações super-afectivas em que cozinhamos em conjunto e rimos imenso e em slow-motion numa cozinha perfeita, daquelas todas branquinhas e não sei quê.Pelo contrário, até nos damos bastante mal a maior parte do tempo, MAS ela cozinha muito bem, portanto não convém mantê-la afastada muito tempo.

Fui ter com ela, armado com máquina fotográfica e tudo e o que ela ia fazer?

Tagliatelli com camarão e molho de tomate (ou tomatada). Eu quando oiço a palavra camarão, pode até ser com sola de sapato que eu vou querer. Mas neste caso é só um dos pratos preferidos que ela faz.

É uma preocupação recorrente de quem cozinha bem, partilhar os "segredos", mas neste caso acho que os dela são mesmo a paciência e as mãos que fazem a diferença, porque eu sei como se faz tudo  e nunca fica igual. Nunca, porra.

E agora o que interessa:


Ingredientes:

(para 4 pessoas)


  • 1 cabeça de alhos (não é dente, é cabeça)
  • 2 cebolas grandes
  • 5 tomates maduros
  • 12 novelos de tagliatelli (fazendo a conta de 3/pessoa)
  • 1/2 quilo de camarão congelado
  • coentros qb





Preparação:

➔ Fazer um refogado com as cebolas e alhos picadinhos. Quando estiverem ligeiramente alourados, juntar os tomates. Ir mexendo de vez em quando para não pegar.

➔ Enquanto isso, cozer os camarões em água com sal. Depois de cozidos, guardar a água dos mesmos. Desacascar e corta-los em 3 (para ser mais rentável).

➔ Quando a tomatada estiver com aspecto consistente (uns 20 min se tanto), juntar o tagliatelli e deixar cozer nessa mistura.

➔ Ir juntando a água dos camarões aos poucos até tapar a massa. Deixar cozer a massa (mais 10 minutos aproximadamente) e deixar o molho de tomate com a consistência que preferirem.
Mais fininho, metam mais água dos camarões. Mais grosso, deixem a água evaporar.

Lógico, eu sei. Mas isto pode ser lido por pessoas que não sabem cortar uma fatia de pão, então tem de ser bem explicado.

➔ Depois da massa cozida, juntar o camarão cortado (opcional) e picar coentros e há de ficar qualquer coisa assim do género desta foto.

Bons cozinhanços continuem a dar feedback!






quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Receitas Simples e Económicas: Legumes no forno com camarão e queijo.

Quero saber se acham graça a isto de pôr aqui algumas receitas. Não sou o melhor cozinheiro de sempre, mas também não sou o pior. Outras vezes não serei eu, mas vão haver receitas e é o que queremos.

Esta tem camarão - que como todo o bom pobre e não só aproveita - comprado no LIDL, naquelas caixas de meio quilo em promoção. Eu até costumo comprar para consumir no próprio dia, aqueles produtos com a senha do res-vés a acabar a validade. Pobre fazendo pobrice, é o que temos. Daí serem maioritariamente económicas.

Indo ao que interessa, para esta receita usei o que tinha no frigorífico:

Ingredientes:

  • 3 dentes de alho (esborrachados) 
  • 2 courgettes 
  • 4 tomates maduros 
  • 1 cebola grande 
  • 1 alho francês
(estas descritas acima, tudo às rodelas)
  • 4 punhados de espinafres ou 1 embalagem daquelas do LIDL também)
  • 1 embalagem de camarão de meio quilo já cozido 
  • 1/2 embalagem de queijo mozzarela ralado

Preparação:

Num pirex ou tabuleiro para forno dispus as rodelas de courgette, por cima as de tomate, pus sal grosso ("para cima deeeeles", já dizia o outro), azeite e pus no forno uns 15 minutos a 200 graus.

Enquanto isso, num tacho refoguei os os alhos esborrachados (esmagados) em azeite e salteei as cebolas e os espinafres . Reservei. Depois o alho francês. Reservei. E finalmente o camarão (já descascado, pois então!). 
Tudo passadinho por azeite e alho.

Em seguida, foi dispor - por cima das courgettes e tomates já dourados do forno-  pela seguinte ordem:

  1. alho francês
  2. espinafres
  3. camarão 
  4. cebola
  5. queijo mozzarela ralado
E dará qualquer coisa como isto, depois de 10 minutos no forno (com a função de grill):




Se quiserem não tonar a coisa tão saudável podem acrescentar queijo brie com ervas no meio das camadas (só assim uns quadradinhos). Se acharem que é pouco acompanhem com batata doce assada (já que vão usar o forno). 

Digo eu, vocês fazem o que quiserem que eu só vim dar ideias.
Qualquer dúvida, perguntem.

Bons cozinhanços!

E não se cortem como certas pessoas descoordenadas.







terça-feira, 8 de agosto de 2017

Costa Alentejana: O que o caravanista precisa saber.

Mais concretamente onde? Em Porto Côvo. Nem outra coisa seria de esperar, tanto porque é a aldeia que me diz alguma coisa, como por ser nesta altura do campeonato um cancro em termos de caravanismo.

E as virgens ofendidas do teclado podem já sossegar, porque nada do que vem a seguir é mentira e como em todos os assuntos, vai ser generalizado.

Se há caravanistas correctos, justos e essencialmente educados? Há, claro que os há. Daqueles que sentem mesmo aquela coisa do viver assim, aproveitar a natureza ao máximo e consequentemente respeitando-a? Há uma grande fatia do bolo.

No entanto, aqui para estes lados tem vindo maioritariamente o que não interessa que se traduz num valente reboliço de papéis cagados, falésias ocupadas e uma falta de respeito tremendo tanto pela terra, a natureza e pelos próprios colegas caravanistas.

E não há grande diferença entre portugueses e estrangeiros, em termos de má educação, é tudo igual.
Então o que é que se tem passado de há uns anos para cá com esta praga? Claramente uma distorção no conceito da caravana.

O que antes era "bem, isto é óptimo ter uma caravana, podemos conhecer imensos sítios, aproveitar a natureza (e respeita-la) e vou poupar imenso no alojamento, é uma forma super económica de fazer férias e conhecer tudo"- passou claramente para "Ah, que giro, vou ser destas pessoas também! Que engraçado, desde pequen@ qu o meu sonho é ter uma pão de forma! Vamos acampar em parques naturais onde é super proibido porque o que interessa é pormos no instagram a vista de onde estamos alapados"- os autocaravanistas 2.0.

Não há uma legislação escarrapachada que proíba certas atitudes, mas a GNR ou outras entidades competentes claramente podiam desempenhar assiduamente a sua função. Até porque isto não é de agora. Situações que pode actuar:


  • Caravanas estacionadas num parque de estacionamento em que na entrada está um sinal com a altura mínima de 2m- Praia Grande  (está lá a dizer que é proibido, logo...);
  • Caravanas estacionadas em parques de estacionamento laterais ao parque existente para caravanas, mesmo quando estes estão vazios. Porque é mais giro ser do contra e estacionar fora do parque;
  • Estas anteriores, frequentemente rebentam canos de terrenos (preparados para futuras obras) para tomar banho, encher garrafões, lavar roupa e ficam a correr dias inteiros;
  • Caravanas que despejam as necessidades na rua, falésia, estrada;
  • Caravanas que têm à sua volta estendais, grelhadores, atrelados e afins presos no alcatrão de um estacionamento para carros (é ocupação da via pública que se diz?);
  • Caravanas que estacionam em cima do circuito de manutenção para peões e bicicletas;
  • Caravanas que estacionadas em parques de bairros residenciais tapam a vista de quem la´mora e paga bastante pela vista;
  • Caravanas estacionadas a ocupar 4 lugares de estacionamento de carros.
Seria interminável esta lista, acreditem que sim. 
E agora vêm esbaforidos os caravanistas (ou autocaravanistas, whatever) dizer que nós precisamos imenso de vocês porque senão morríamos à fome (lido num grupo de facebook aqui da zona). 

Nós precisamos dos que deixam cá dinheiro, obviamente, mas surpreendam-se: Porto Côvo agora não tem 1/3 das pessoas que para cá vinham há 15 anos em comparação a agora. Pois. E nessa altura as caravanas que vinham ficavam nos parques de campismo ou as mais selvagens, o mais escondidas que conseguissem. 

Nunca mas nunca a serem a cara da terra assim que se cá entra. É péssimo, horrível as toneladas de caravanas juntas a tapar a vista das praias. Meus queridos, todos queremos vista para o mar, no entanto, deixamos a casa onde está e vamos para a praia. Vocês deviam fazer o mesmo.

(esta foto não é minha)


Código de conduta do caravanista, já leram? Eu já. E sei que vocês fazem muita coisa errada.
Há dois, dois, 2, dois(!!!!) parques de caravanas neste momento em Porto Côvo, onde não se paga nada para lá estar, nem 1€. Mesmo assim é mais giro desreipeitar.

Vocês, caravanistas educados, já que as autoridades não estão sempre disponíveis, dêem vocês uns toques aos vossos colegas, tipo: "olhe, isso é área protegida! Há ali um parque de caravanas! Esse fogareiro e esse estendal se calhar podia ocupar menos espaço". Não?
Era uma ideia.

Confirmem aqui se não é proibido.
Queremos ou não estar numa terra bonita e asseada? Então é fazer por isso ;)

E pronto, agora vou voltar ao registo de falar de comida porque é isso que eu gosto.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Litoral Alentejano: Onde comer arroz de marisco #1

Marisco! Mariscadas que duram tardes inteiras, acompanhadas de vinhaça verde ou imperial, com a sol a dar na tromba! O que uma pessoa sonha com isto o ano e inteiro?! Eu pelo menos sonho. E sabem que mais? Este é dos meses onde fazer isso sabe que nem ginjas. Ou camarão.

Eu se pudesse escolher uma comida para comer o resto da minha vida escolheria camarão. Gosto, casava-me. Vá, batatas doces fritas também, mas agora o tema é marisco.

Ai o marisco! É muito, muito bom! Mas não é em todo o lado que o há fresquíssimo - ter muita atenção com isto, porque senão ainda falecem e já não chegam ao próximo Agosto.

Então o meu primeiro destaque para o melhor arroz de marisco que eu comi nos últimos anos (logo a seguir ao da minha Mãe), onde com toda a certeza do mundo que tudo é fresco é no Pedra da Casca, na Praia da Vieirinha em Porto Côvo, pois claro.

 Já aqui tinha feito referência a este restaurante por ser um dos sítios óptimos para fim de tarde, não vos contei logo é que tinha o melhor arroz de lagosta, o melhor arroz de marisco (também há a opção com lagosta) e um outro arroz que eu logo vos falarei também brevemente.


Por um lado, com muita pena nossa, não haverá nenhuma fotografia que transmita o cheiro e sabor destes manjares divinais. Por outro, ainda bem porque fotografias ensopadas em caldo também não devem ser grande coisa.
Como o que interessa aqui não é o meu sentido de humor, mas sim comida, foquem-se nisso.

Dica:


  • Evitem os fins de semana de Agosto, é muuuuuita gente. Muuuuita. Portanto não ajam como super ofendidos se alguma coisa demorar mais do que o normal. E se for demorar, acredito que sejam avisados antes.
  • Está aberto todos os dias.


Obs: se é proprietário de um restaurante e está ofendido com esta opinião o melhor que tem a fazer é mostrar-me o contrário.
Como? olhe, eu sou uma pessoa muito disponível para comer, ahahahah!


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Litoral Alentejano: Comer bem e barato #2

Está inserido na Costa Alentejana, mas infelizmente não tem vista mar.

Infelizmente nada, até porque quando se está a comer neste restaurante o que menos nos lembramos é que precisamos de ter uma vista espectacular. Mesmo.

Quando estiverem a caminho desta zona, sigam para Vila Nova de Santo André. Não, não é aí que é o restaurante, é entre esta cidade e Santiago do Cacém, ali algures no meio de nenhures (forçada esta aliteração, hein?) num pequeno povoado chamado Deixa-o-Resto, que é como quem diz aos turistas, "leave the rest" ou "laisse tomber".

Ponham no GPS que encontram, procurem Ti Lena. E Casa do Gin. Isso mesmo, no meio do nada...onde se uma pessoa demora mais tempo a piscar os olhos já atravessou a localidade e não reparou, eis que surge esta maravilha.

O ambiente é  óptimo (não venham pensar que isto é o Olivier ou o Eleven, poupem-me) e quem faz isso é mesmo a Ti Lena e companhia. Tanto quem está na cozinha, como quem atende, sempre uma equipa 5 estrelas, super atenciosos e educados (coisa que não abunda muito por estes restaurantes desta costa, uma vez que são trabalhos de Verão e há quem trabalhe forçado (refiro-me à malta nova, principalmente).

Agarrando nisto e falando na comida, ai senhores! Mas que secretos de porco mais maravilhosos são estes que aqui há? Eu já fiz estas refeições de porco em muito sítio, mas nunca encontrei igual, nunca desilude. Impecável, sempre. E a dose de secretos dá claramente para duas pessoas, mesmo que uma delas seja uma bestinha.



Choco frito, ui!  As migas? Ai migas, são tão boas!
O veado e essas caças disseram-me que se desfazem na boca (eu acredito, mas não como caça) e acabando nas sobremesas, é de salivar com tudo (levem toalhitas para não babarem as toalhas).

"Ai, já estou tão cheio que já nem me apetece a conta", dizem vocês armados em engraçadinhos e pobrezinhos (isso é na Comporta). Mas podem estar tranquilos, a conta é convidativa o suficiente para lá voltarem. Garantidamente.

Pensavam que não falava dos gins? Pois, são muitos. Dá um bailinho a muitas casas da capital em quantidades de marcas representadas e sim, também tem um Gin Master!
Tentem não ir no dia que eu vou porque eu quero ter lugar.
De nada.


quinta-feira, 27 de julho de 2017

Porto Côvo: Alojamentos Bonitos, Bonitos Que se Farta.

São mais alojamentos como estes (e como ESTES) que fazem falta nesta zona. Aliás, faz falta muita coisa por estas bandas. Ao contrário do que muitos pensam, Porto Côvo já recebeu muito mais gente do que recebe actualmente, portanto não, não estamos a ser descobertos agora.

Mas indo ao que interessa: alojamento. Alojamentos giros, modernos, daqueles que dão vontade de fotografar tudo. Desde a decoração ao pequeno almoço, a todos os pormenores existentes e que fazem a diferença. Para melhor.

Há pessoas que não ligam a esses pormenores, mas este texto então não é para elas porque quem está a escrever liga bastante, o que não faz e mim um entendido. Dito isto, quero apresentar-vos o mais recente (cerca de 5 meses), bonito, bem decorado e que prima pela simplicidade sítio onde podem ficar alojados. E muito bem instalados.

"Aqui n' O Lugar de Porto Côvo" tem agora um sentido literal, porque é mesmo o nome desta Guesthouse. As fotos falam por si e nada melhor do que visitar para confirmar.Tem das melhores vistas da aldeia e uma calmaria que não se associa ao centro da aldeia.

 Encontram facilmente no Booking, mas também há e-mails directos onde o Pedro e a Inês podem esclarecer todas as dúvidas que possam surgir.

Mais disto, se faz favor. Ora apreciem lá.












Saindo de Porto Côvo e seguindo na direcção de Milfontes, encontram a cerca de 4 km uma localidade de seu nome Cabeça da Cabra, que deu o nome a esta  Casa de Campo: Cabeça da Cabra.

 E quem é que se lembraria que numa antiga escola primária poderia ser feito um turismo rural super charmoso? A Maria, lá está! Já há coisa já de três/quatro anos atrás (sim, já tem esse tempo e mesmo assim acredito que pessoas residentes aqui na Costa Alentejana não saibam da sua existência) e confirma-se: fez uma escolha acertadíssima.

Perto de tudo e no meio do nada.
Há melhor?
Pode haver, mas não se compara com certeza com este sossego que pode ser aproveitado tanto pelo espaço exterior (onde também há produtos cultivados para serem servidos ao pequeno-almoço) como pela simplicidade da decoração, que aposta também no "menos é mais", misturando o tradicional com o moderno.

Para dinamizar ainda mais o espaço, a Maria tenta (quando há possibilidade) organizar workshops que podem ir desde a culinária ao yoga, onde quem está a usufruir da estadia pode também participar.

Portanto, se pensam que não podiam aproveitar melhor os dias no campo, pensem melhor, porque claramente podem.

As fotografias (roubadíssimas do instagram) transmitem a paz suficiente para querer reservar já. Depois de Agosto, naqueles fins de semana de Setembro e Outubro, em que voltar ao trabalho começa a puxar para a depressão, estes dois alojamentos são simplesmente...Perfeitos.










Não se façam à vida, não! E depois digam que estão lotados.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Litoral Alentejano: Praias Secretas ou mesmo quase #3

Mostrei-vos primeiro estas e depois estas (carreguem para ver os anteriores) e aqui vão mais duas pérolas marítimas com areia portocovense.

Se há coisa que uma pessoa aprecia é estar descansado na praia, com espaço para a toalha, não bater com a cabeça nos pés de alguém que ali se colou entretanto, conseguir conversar sem a pessoa do lado estar tentada a opinar pela proximidade física existente. Tão bom não é?

Mas nesta praia que vos vou apresentar não vai acontecer. E não é por não ser tão secreta quanto isso, é mesmo porque a praia com a maré cheia fica, digamos, quase sem areia.
Mas que é bonita é. É a dos Buizinhos. Confirmem lá:




Agora já chega de suspirarem. Levantem essas bundas da cadeira e venham cá ver ao vivo. Eu não sou d'intrigas, mas ia-vos fazer um bem à alma que nem imaginam.

Agora que já babaram exaustivamente, podem recuperar o fôlego porque vão precisar claramente. Começando a fazer a contagem: inspira, expira e cá vai mais uma belezura alentejana:




Querem saber uma coisa? Não sei como se chama esta praia (mas alguém me vai dizer entretanto), mas sei que é a minha favorita, porque nunca tem ninguém.E fica do lado sul da Samoqueira. 

Como podem ver, é fantástica. Pequena, com umas escadas muito inclinado-um-bocadinho perigosas para escorregar, mas...é ir com cautela! Também não é assim tãaaaao mau o acesso. E o que vale estar sozinho nessa lagoazinha quase privada? Uiiii, coisa boa.

E por hoje é isto. Já estão fartos de dicas de praias? Vejam este de comida enquanto eu preparo outra publicação alimentar.





quarta-feira, 19 de julho de 2017

Costa Alentejana: Sítios novos e com pinta que vale a pena conhecer.

Já estamos a chegar a uma altura em que, com tanta coisa moderna e gira que há, queremos ver essa modernidade espelhada nos sítios que frequentamos, nomeadamente aqui no Alentejo.Mas felizmente vão aparecendo locais porreiros, daqueles que nos apetece pegar no portátil e ir "trabalhar" para um café, por exemplo.

Têm wi-fi, têm comida boa e têm um ambiente agradável. Qualquer um dos três que vou mencionar a seguir.
Vamos começar por Vila Nova de Milfontes (aproveito já, para quem não sabe, para dizer que não se escreve Mil Fontes) onde há dois sítios que acho que merecem destaque, porque clássicos como a Mabi, já conhecemos e é escusado falar.

Abriu há poucos meses e chama-se "A Portuguesa- Mercearia & Petiscos" e o que é? Isso mesmo, meus perspicazes, uma Mercearia e tem petiscos. É daqueles spots que quer queira a pessoa tomar um belo pequeno almoço naquelas taças enormes cheias de frutos secos (incluindo figos), quer seja para um almoço rápido, para um petisco ao fim do dia (até tem alheira vegetariana) onde se destacam as tábuas de enchidos e saladas, é um sítio de eleição.

A oferta ainda é mais diversificada mas não se pode falar de tudo. No entanto, tem também um espaço exterior com uma esplanada toda catita e onde esporadicamente fazem música ao vivo.
Deixo-vos aqui algumas fotos para abrir o apetite:





Localização: numa transversal aquela rua principal de Milfontes. Segue em frente em vez de virar para o lado da Mabi e tem o Colégio do seu lado esquerdo. Depois disso, é a primeira transversal à esquerda também. Tem lá indicações, é como se fosse para o Cais.

Voltando à mesma rua principal em que se encontravam antes de virar, podem agora seguir em frente e  entram na zona sem trânsito, o primeiro largo que encontram à direita tem lá um botecozinho também todo engraçado de seu nome 18 e Piques.  Encontram facilmente pela esplanada branca no exterior.
Saladas, quiches, sumos naturais, mercearia, garrafeira e graças a deus... também há iogurtes. Ah, também há pólen em frasco e não, não é desse para fumar. Eu nem sabia que existia, portanto vejam lá as coisas diferentes que eles lá têm. Espreitem, não custa nada e não pagam por isso.



Depois desta mini volta em Milfontes, seguimos para norte, mas concretamente em Sines. E o que encontramos aqui? O Bom Remédio. É verdade, tem bom remédio se quiser estar num sítio bem localizado, com uma esplanada soalheira a maior parte do dia, bem decorado (cheirinho a moderno, finalmente) com pratos do dia e restante ementa diferente de qualquer outro sítio - pelo menos nesta cidade.

Também tem sopas, sumos naturais, uns triângulos de aveia com frutos silvestres divinais, bem como um "snickers" caseiro.
Tem o horário alargado ao fim de semana, funcionando também como bar. Acho que é o espaço com mais potencial de Sines para vingar com sucesso por tudo o que escrevi anteriormente. É o café mais giro de Sines.







  •  Agora na altura do Festival Músicas do Mundo a coisa deve ser diferente, portanto não posso garantir nada em relação a ementas e horários;
  • já sabem, mais informações, têm o link para as páginas do facebook de cada local.
De nada!